sábado, 18 de julho de 2009

Aceitei descontraidamente


Permiti-me fazer algo que sempre achei ser incapaz de fazer, não por falsos moralismos ou o que quer que seja, mas sim por achar que não conseguiria estar com alguém por quem não nutrisse o mínimo sentimento, e no entanto, estive.
Não me sinto orgulhosa nem me sinto mais ou menos por o ter feito, sinto-me bem por me ter permitido não pensar, não ponderar até à exaustão como é meu hábito. Acho mesmo que ao faze-lo deitei por terra finalmente as minhas verdades absolutas, as minhas auto-castrações que não me deixam descontrair simplesmente.
Toda a noite foi descontraída, acho que pela primeira vez permiti-me não analisar tudo o que me rodeava, deixei-me ir, sem pensar e acho que essa descontracção transpareceu na minha maneira de estar.
A busca do cruzamento de olhares era notória, senti os olhos seguirem cada movimento mesmo estando de costas, e por fim o encontro "casual" provocado. Sem apresentações exaustivas, apenas umas simples palavras balbuciadas e quando me dei conta estava envolvida numa troca de prazeres descomprometidos.
Assim como começou acabou, cada uma seguiu a sua vida sem sequer olhar para trás, não passou de um bom momento partilhado com alguém que não conheço e provavelmente nunca vou conhecer. Não faço tensões de iniciar uma colecção onde ela ocupará a primeira posição, apenas se tratou de perceber finalmente que posso descontrair...

2 comentários:

  1. Se li bem (e entendi) o que aqui escreveste, tenho que te dizer que é preciso muita coragem pra fazer o que fizeste! Eu não sei se seria capaz!
    Se bem que, já muitas pessoas me têm falado que há um prazer imenso no "deixar-se ir". Não pensar no antes, nem pensar no que vem depois, simplesmente deixar andar, apreciar o momento e tirar dele o máximo proveito.
    Ainda bem que podes dizer que pra ti foi satisfatorio e mais uma liçao a aprender ;).

    Beijinhos *_*

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  2. Não se tratou tanto de prazer imenso pois faltou o mais importante, o sentimento. Apenas me permiti descontrair e sair única e exclusivamente com o intuito de me divertir sem analisar quem me rodeava, não procurei nem estava nos meus planos. Estou a tentar perceber o que comanda o meu desejo, se é a minha razão que manipula o que sinto, ou se realmente sinto de maneira diferente de maior parte das pessoas. A situação aconteceu e eu permiti-me. aprendi mais sobre mim, não é de maneira nenhuma o que eu quero ou o que procuro... Valeu pelo que valeu...


    Obrigada pelo comentário

    Beijinhos grandes :)

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