domingo, 28 de fevereiro de 2010



"A verdade é que o horizonte tem muitas curvas, isto é, longe vai o tempo em que o horizonte era uma linha recta por cima do oceano. Apesar de tudo, acho que hoje tenho uma nova atitude perante estas curvas e contra-curvas, hoje sei que devo utilizar estes desvios para aprender, para alcançar algo que até então nunca tinha almejado. Se assim o fizer tenho a certeza que, apesar de depois da curva existir uma dificuldade, irei superar-me e um dia verei o horizonte como uma linha recta novamente. Até lá a vida andará em curva e contra-curva, pois se o horizonte fosse sempre uma linha recta eu continuava onde estava há muitos anos atrás..."


Finalmente sinto-me como nova. Voltei a ter objectivos e estou cada vez mais determinada em alcança-los. Estou com forças para lutar por eles contra tudo e contra todos, está apenas nas minhas mãos. Tracei caminhos e não me vou desviar deles um milímetro que seja, o meu sucesso está ali diariamente, bem diante dos meus olhos, finalmente vejo maneira de realizar o que anseio para mim e para nós e não vai tardar voltaremos a ser uma família feliz.

Presentemente tenho quase todas as armas de que necessito para poder realizar os nossos sonhos a médio prazo. Tenho a meu lado uma mulher que amo de uma maneira com que nem nunca sonhei, sinto-me amada de igual modo, tenho amigos puros e verdadeiros com que conto independentemente da situação, tenho um emprego que me realiza e me permite sonhar com um futuro promissor. Para a minha felicidade ser total basta voltar a ter o meu filho do meu lado, mas com todas estas armas não será difícil reverter a presente situação e ai poder iniciar uma nova etapa da minha vida com a qual anseio há algum tempo.

Sinto que o sol voltou a brilhar para nós, provavelmente era necessário tudo pelo que temos passado para nos dar certezas. Alcancei a absoluta certeza de que não é uma mera contrariedade que deita por terra o AMOR que sentimos uma pela outra, também não tenho a menor duvida de que podemos contar com os nossos AMIGOS de igual modo com que eles contam connosco, até o afastamento a que fui obrigada provavelmente me deu as forças necessárias para lutar e subir a fasquia dos meus objectivos até ao meu limite máximo.
Tenho todas as ferramentas para alcançar o sucesso...
Obrigada a todos vocês que sabem quem são e que nunca me deixaram cair, acreditando muitas vezes mais do que eu na minha força, nas minhas capacidades e na minha determinação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Realmente nada como uma boa noite de sono para ver as coisas com outros olhos. Uma luz ao fundo do túnel voltou a brilhar. Tudo estava mal, ao melhorar um aspecto deu-me animo para acreditar que todos os outros também se irão compor.
Voltou o optimismo, embora controlado sinto-o de volta a espreitar timidamente, busquei forças, agarrei na mão que se estendia para me tirar do fosso onde me estava a afundar e ganhei coragem para lutar contra as adversidades presentes. Pela primeira vez senti verdadeiramente o poder que tem o facto de ser amada, a força que esse amor tem e me dá, não me deixou atolar na lama onde chapinhava, transmitiu-me força, injectou-me coragem, deu-me animo quando me sentia a perder tudo isto.

Sinto-me confiante, motivada, apoiada e com armas para chegar a bom porto, agora depende de mim batalhar para lá chegar e eu sei que sou capaz...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Não sei o que tenho, não sei o que sinto, não sei o que faz compulsivamente rolarem lágrimas pelo meu rosto. Refugio-me num banho para deixar de as sentir caírem no meu peito onde queria que estivesse a tua cabeça. Não penso, não quero pensar, queria conseguir esvaziar a minha cabeça mas nem o choro compulsivo me transporta para o vazio. As amarras que parecem envolver o meu peito estão cada vez mais apertadas, uma solidão imensa mesmo quando estou rodeada de pessoas bloqueia todos os meus sorrisos. Busco o silencio, o verdadeiro silencio mas os pensamentos não se calam, sinto-me a cair num abismo e tudo o que me rodeia não é suficiente para retardar essa queda. Não vislumbro soluções atempadas. Desanimo, falta de forças, falta de fé, falta de coragem. Luto para dar a volta mas é uma luta inglória.
Sei que não posso dar-me a este luxo, sei que tenho onde me agarrar para não me deixar afundar, sei que tenho mãos estendidas para me salvarem desta lama onde me encontro, mas inexplicavelmente não as agarro e limito-me a deixar-me ir...
Amanhã é outro dia, espero acordar com forças para me reerguer, ou então prefiro dormir até que essas forças voltem, pelo menos enquanto durmo a minha cabeça está vazia, em silencio...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo

Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço

Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço

Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar

É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Hoje ao ler algo percebi que, ao contrário do que achava, há alguns aspectos em mim que necessito (re)ver. O primeiro de todos é a maneira como sinto as coisas, tenho realmente de aprender a sentir como um adulto, não posso esperar que os outros percebam o que não lhes mostro, tenho que deixar de esperar atitudes feitas à minha imagem e pelo facto de não as ter, sofrer como uma criança. Talvez o facto das minhas fundações terem desmoronado, talvez por estar a passar por um período em que todas as minhas certezas foram desacreditadas, sinto-me vazia, com a sensibilidade à flor da pele e com falta da racionalidade necessária para analisar as situações e tentar entende-las.
Tudo me soa a ataque, tudo me atinge, tudo me magoa. A auto-piedade instalou-se e está difícil de me livrar dela...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Hoje simplesmente não quero.
Não quero sentir, nem tão pouco pressentir.
Não quero pensar, não quero reflectir.
As certezas transformam-se em dúvidas
O pequeno chão em enorme confusão
Não sei o que espero, apenas sei o que quero
E se o que quero é demais? É impossível? É utópico?
E se estou condenada a esperar?
Será esse o meu destino?
Será essa a minha lição?
Não esperar? Apenas Desfrutar?
Mas como desfrutar do que não sei se me basta?
Logo eu que sou tudo ou nada...
Mas o nada é doloroso de mais...
E o tudo não sei se alguma vez vou ter...
Mas eu disse que hoje simplsmente não queria...
E só por hoje não vou querer!!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010



Hoje dediquei algum tempo a pensar nas voltas que a vida dá, nos obstáculos que o destino coloca. Inicialmente estava centrada nos últimos acontecimentos, mas aos poucos fui retrocedendo no tempo e avaliando os contratempos que fui tendo ao longo da minha vida. Verifiquei que todos eles me trouxeram algo, todos me modificaram, aquelas alturas em que me senti como me sinto agora, em baixo, desanimada, sem vontade, marcam mudanças, crescimento, tomadas de decisões.
Verifiquei também que nunca me faltou tudo, durante os períodos de maior provação, sempre tive um porto seguro onde chegar ao fim de um dia de luta, pousar as armas e aninhar-me.
Embora sinta que estou num caminho cheio de pedras pontiagudas e espinhos aguçados, sinto também que não o percorro sozinha, e que posso contar incondicionalmente com quem tem a coragem e a ousadia de me acompanhar neste caminho, ciente dos riscos.
Talvez precisasse percorre-lo para poder de uma vez por todas separar o trigo do joio, encontrar quem se entrega como eu e cimentar relações para a vida.
Talvez precisasse de me magoar, de me ferir de morte para me obrigar a tomar decisões para as quais não teria coragem se dependessem exclusivamente da minha vontade.

Dei por mim a pensar que os obstáculos são oportunidades que a vida nos dá para mudarmos, cabe-nos a nós manda-los para trás das costas fingindo que não existem ou aproveita-los como trampolim para nos superar-mos a nós próprios.
De repente senti-me fortalecida, sinto-me com energia para arregaçar as mangas e ir à luta, a não desanimar com portas que se fecham, interpretar como sendo um caminho errado e em vez de ficar a lamber feridas simplesmente mudar a rota para alcançar os objectivos que tracei para mim.
Encontrei coragem para mudar, não sei como, não sei onde, apenas sei que tenho que alterar o rumo, tenho que estar atenta, abrir os olhos em todas as direcções e crer que a vida se encarregará de me mostrar a janela aberta que até agora não consegui ver.