terça-feira, 8 de novembro de 2011

Novo nada -> novo tudo

Um novo nada conduziu-me a um novo TUDO...
Tem sido recorrente na minha vida este ciclo de perder o que penso ser tudo para ganhar mais ainda. Perdi o que pensava ser os meus alicerces, senti tirarem-me o tapete e o chão ao mesmo tempo, senti-me traída, doeu não ver reciprocidade nas acções, magoou sentir-me redondamente enganada no que pensava ser a maneira de ser, cai em queda livre pois não tinha sentido necessidade de usar para-quedas, estava segura e confiante, cai, estatelei-me, recolhi os meus cacos, montei-me de novo e segui em frente esperando que a vida me tornasse a surpreender.

A vida encarregou-se de o fazer, supreendeu-me de uma maneira que eu não estava à espera, mostrou-me novos sentires, novos quereres, novos olhares, novos mundos, novas cores. Mostrou-me que realmente eu mereço mais, muito mais, mereço ser sentida tal e qual como sinto, nem menos um bocadinho. Mostrou-me que mereço total entrega, total paixão, total carinho, total afecto.

Quem me conhece, quem me conhece realmente, sabe que me entrego de peito aberto e alma exposta. Nem sempre coerente, muitas vezes controversa, mas sempre verdadeira no que sinto. Ainda peco por ás vezes reagir em vez de agir, reajo no presente ao que senti no passado e me deixou sem reacção, erro muito mas cada vez vou acertando mais e me magoando menos. Erro sobretudo quando espero dos outros a mesma conduta que eu teria, quando não entendo acções, e não reajo da melhor forma.

Estou a trabalhar-me, admito os meus erros e tento não me esquecer deles para no futuro não os tornar a praticar, não espero perdões nem compreensões, espero sim mais tarde conseguir demonstrar que não ajo por mal e que se erro é porque sou humana...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MEDO, o meu estado de espírito de há alguns dias para cá resume-se a medo, um medo de que o que li fosse certo, no fundo tinha uma réstia de esperança que estivesse errado, tinha esperança de ouvir "nem tudo o que está na net é verdade". Essa esperança utilizava-a para afastar o medo.
Neste momento a esperança desapareceu, os meus receios tornaram-se realidade e o MEDO cresceu e dominou-me.
E agora? Como lidar com ele?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mudanças

"A vida atropela-nos de súbito e quando damos por isso, já mudou tudo."
(Margarida Rebelo Pinto)
Há conversa com uma amiga, tiranizámos dizendo que é por um camião de 6 rodados com atrelado.
Realmente, quando sentimos o embate, do que quer que a vida nos coloca, que vai chocalhar o nosso cérebro e/ou coração, parece-nos uma situação sem solução e normalmente acompanhada de dor.
Mas vistas com a distância necessária, que só o tempo nos confere, por norma as mudanças são boas ou fizeram-nos tomar coragem para mudar de rumo. Mas enquanto não virmos a mais valia dessa mudança, continuamos a conota-la como algo de negativo.
Por isso é importante sair da zona de embate, não nos deixarmos ficar por lá mais que o tempo necessário para fugirmos dela. Começarmos a tentar dar a volta por cima. Ao imaginarmos as saídas possíveis e os caminhos que se abrem, faz com que as situações aparentemente sem solução comecem a tornar-se desafios e a dor que as acompanhava transforma-se em força para vencer esses desafios.
Nem sempre os caminhos escolhidos vão resolver a situação, por vezes é necessário abandonar e voltar ao inicio. Mas até esses caminhos errados são benéficos, pois com eles aprendemos a fazer diferente na próxima vez.
No fundo tem só a ver com a maneira como encaramos as situações, se como um problema, se como um desafio.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ás vezes preciso parar, chorar, reflectir ou apenas ficar ali, quietinha no meu canto. Não depende de ninguém, não é provocado por ninguém. Depois passa, viro a página, filtro tudo o que senti, que passou na minha cabeça e reaproveito. Faz parte da minha maneira de me conhecer, mas não posso demorar muito, o hábito é um defeito terrível que tenho, depois tenho dificuldade em sair de lá. 24h, mais não, depois mãos à obra.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Acabei de ouvir uma musica que embora já gostasse hoje vi-me nela, podia ter sido eu a escreve-la apenas a colocava no plural e dedicava-a ás duas pessoas mais importantes da minha vida , fica aqui a letra traduzida pois é em português que sinto:

Todas as linhas que contornam o meu rosto
Contam a história de quem eu sou
Tantas histórias sobre onde eu estive
E como eu cheguei onde estou
Mas essas histórias não significam nada
Quando não tens ninguém com quem partilha-las
É verdade... Eu fui feita para ti

Eu escalei os topos das montanhas
Nadei através de todo o oceano azul
Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras
Mas querido, eu quebrei todas por ti
Porque mesmo quando eu estava destroçada
Tu fazes-me sentir como tivesse acabado de ganhar o euro milhões
sim, tu fazes! Eu fui feita para ti

Vês o sorriso que está na minha boca
Ele esconde as palavras que teimam em não sair
E todos os meus amigos que me acham abençoada
Eles não sabem que minha cabeça é uma confusão
Não, eles não sabem quem eu sou de verdade
E eles não sabem aquilo por que eu passei como tu sabes
E eu fui feita para ti

Todas as linhas que contornam minha face
Contam a história de quem eu sou
Tantas histórias sobre onde eu estive
E como eu cheguei onde estou
Mas essas histórias não significam nada
Quando não tens ninguém com quem partilha-las
É verdade... Eu fui feita para ti
É verdade... Eu fui feita para ti


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber o porquê desta angustia. Amanhã é um dia importante, será por isso? Será por medo de amanhã me retirarem as certezas? E se assim é porque é que hoje o passado volta e volta ao meu pensamento? Que necessidade tenho de me magoar e me maltratar? Porque tenho sempre as palavras certas para as outras pessoas e quando toca a mim não sei o que dizer? Cabeça às voltas e mais voltas, queria conseguir silencia-la, queria conseguir apenas ouvir o silencio e ficar assim, quietinha, em silencio, em paz.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Eu gosto tanto de ti

Gosto daquele amor que recebo sem pedir, Daquele carinho inesperado, verdadeiro...
Do beijo romântico e que parece se eternizar no espaço, do abraço apertado, acorrentado no coração.
Gosto daqueles nossos beijos, longos e perdidos, gosto das nossas caricias, curtas e encontradas, gosto de sentir a conversa dos nossos corações que batem juntos um ao outro, gosto daquele olhar profundo directo à minha alma, daquele sorriso sempre único e transparente, daquela mão sempre pronta para me segurar, da respiração ofegante e delirante de estar contigo.
Gosto das brincadeiras sem sentido, sem nexo, das gargalhadas que vêm da alma, exageradas, gosto de saber que gostas de estar comigo, não importa a hora, nem o tempo, nem o lugar.
Gosto de saber que te faço feliz, assim como tu me fazes, que o teu sorriso vem de mim, e o meu de ti, eu gosto de ter-te comigo, da tua versão melhorada, mais ainda encantada, mas sem perder a sua essência, o seu brilho único e genuíno, sem perder o que me deixou e sempre me deixa tão apaixonada.




Eu tenho a certeza que ainda te consigo amar mais pois surpreendes-me a cada instante...

domingo, 24 de abril de 2011

Outro dia vi algo na TV onde um personagem refere que na infância o que retirou das missas a que assistiu foi o bem e o mal, os justos tinham que ver o mal e resistir-lhe com todas as forças, era assim, bem ou mal, branco ou preto.

Esta ideia tem andado a dar voltas na minha cabeça, também eu, enquanto criança, via as coisas assim a preto e branco. Talvez tenha sido essa visão que mais tarde me fez olhar para mim e ver-me cinzenta e me fez tomar nessa altura a decisão de passar o resto da minha vida a aproximar-me do branco.
Mas não é sobre essa minha tomada de decisão que quero falar agora e sim sobre o resistir ao "mal".

No contexto em que a cena se passava essa resistência era em relação às tentações que todos nós sentimos. Nesse campo a minha "técnica" é Por os sentimentos de lado e racionalizar a situação, ponderar o que ganho e o que perco e se chego à conclusão que um momento de prazer põe em risco muitos outros fujo a 7 pés.

Mas essa resistência pode ser analisada por outro ângulo, resistir ao "mal" que nos é infligido de animo leve, sem causa, sem motivo, apenas com o objectivo de nos atingir.
Nos últimos tempos tenho travado essa luta, a pessoa que mais amo neste mundo tem servido de arma de arremesso com o único intuito de me ferir e magoar. Não é justa, não é fácil resistir à tentação de responder na mesma moeda, mais difícil ainda é agir apenas tendo em conta o seu bem estar.
É uma luta inglória, o que num momento penso ser o melhor para ele e ajo em conformidade, noutro chego à conclusão que não foi e tenho que gerir os meus sentimentos de culpa. Amo-o de mais para pensar sequer que uma acção minha lhe pode infligir sofrimento, não consigo distanciar-me o suficiente para agir racionalmente e trabalhar para um bem maior mas, olhando para trás, culpabilizo-me por não ter tido essa frieza e ao mesmo tempo sinto que se a tivesse tido estava a agir contra tudo o que sou.
Esta luta inglória que travo exterior e interiormente magoa, maltrata, corroí, deixa-me insegura relativamente aos passos a dar.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Hoje perguntaste-me o que sonhei, não te pode responder porque seriam precisos muitos SMS's.
Mas conto-te aqui pois foi um sonho bom e quero relembra-lo sempre.

Sonhei que um barulho estranho me despertou, um ruído metálico de uma chave a rodar a fechadura, rapidamente me voltei para o outro lado e voltei a dormir. Um sensação de conforto e paz aconchegou-me como se um anjo estivesse a velar o meu sono. Senti-me no paraíso, todos os meus problemas, todos os meus receios desapareceram como artes mágicas, apenas sentia uma felicidade enorme e um calor aconchegante no peito, um aroma a fresea que me preenchia todos os poros. Despertei novamente com um som celestial, eu conhecia esse som, era a tua voz a sussurrar no meu ouvido, os teus lábios encheram-me de beijos, o teu corpo enroscou-se no meu e assim ficámos, como se as nossas peles se tivessem fundido, como se de só um corpo se tratasse, em silencio, apenas a desfrutar aquele momento e acabámos por adormecer.

Despertei com um som característico, hora de acordar. Senti a nuvem que me envolvia dissipar-se, procurei-te mas apenas senti os lençóis frios e inanimados, demorei uns minutos a perceber o que estava a acontecer até que cheguei à dura conclusão que não tinha passado de um sonho, queria voltar atrás, queria lançar o despertador contra a parede e voltar ao meu sonho, queria apenas despertar na segunda feira quando o sonho se tornasse realidade.

Fazes-me falta...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum quotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça. Quero ser diferente, eu sou, e se não for, me farei." (autor desconhecido)

"Se me negarem o cantar,
sei que ainda posso falar !…
e se atreverem a calar-me,
Sei que o meu silêncio não é mudo,
e se me prenderem?!…
Sei que meu olhar é livre...
mas,
se mesmo assim,
trancafiando-me
ferindo-me,
machucando-me,
apagarem a luz?!…
Eu sei que dentro em mim,
meu coração reluz,
sem desanimar,
pois sempre sei quem sou…
Eu sou capaz de amar!!!"
(Hênio dos Santos

É isto mesmo. Cada rasteira, cada empurrão, cada lambada, cada desilusão transformam-se em força dentro de mim.
Doí, magoa, maltrata numa primeira fase. Aprendi a deixar doer, de nada vale arregaçar as mangas para a luta se o coração está dilacerado. Sofro tudo o que tenho a sofrer, permito-me esse tempo, acho que, fundamental para reorganizar ideias, para lamber as minhas feridas, delinear estratégias e depois transformo essa dor em força, em teimosia para dar a volta por cima. No fundo coloco os meus defeitos a trabalhar a meu favor.

Embora seja assim, metade fragilidade, metade força, metade desespero, metade esperança, sinto tudo a 100%. Tal como no universo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, também em mim a energia do que sinto é transformada maior parte das vezes no seu oposto.
Não é fácil de explicar, não é fácil de entender, apenas foi a maneira que arranjei de não me deixar derrotar.

sexta-feira, 15 de abril de 2011


No derradeiro minuto tirava do rosto
Toda a tinta que lhe havia posto
Para garantir a alegria.
Despia as roupas garridas
Que tinham de ser vestidas
Apesar da sua agonia.

Sabia que era palhaço
Tendo por isso de usar laço,
Grandes sapatos e um nariz encarnado.
Mas como lhe era difícil sorrir
Quando afinal tudo o que conseguia sentir
Era aquela Angústia que o trazia amargurado.

Quando se encontrava muito sozinho
Pintava na face um triste sorrisinho
E algumas lágrimas prateadas.
Era então que chorava
E com arte misturava
Soluços e gargalhadas.
(Ligia Laginha)


Assim me sinto, palhaço
Sorrio quando quero chorar, brinco quando o que queria fazer era demonstrar tudo o que sinto, a angustia de não te ter comigo diariamente. Digo-te que brevemente estaremos juntos quando sei que esse brevemente não é tão breve quanto tu e eu gostaria-mos.
Apenas quando estou só, escondida pela escuridão da noite me permito chorar, purgo todos os falsos sorrisos, permito-me sentir a dor da saudade, a angustia da incerteza.

Palhaço, é tudo o que sou.
Mascaro-me para não te fazer sofrer mais do que o que já estás.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Quando percebi que de nada servia procurar pois quem me completava era alguém que provavelmente não existia apareceste.
Apaixonei-me por alguém que nunca tinha visto. O que és, o que pensas, como pensas, como sentes, encantou-me de tal forma que me era já impossível tirar-te do meu pensamento por um minuto que fosse.

Hoje muitos momentos passados, muitos muros derrubados, alguns sonhos alcançados, a luta diária para alcançar outros comprova-me que não me enganei e sim que a ideia inicial com que fiquei de ti estava muito à quem da pessoa maravilhosa e única que és. Mesmo assim ainda me consegues surpreender e hoje surpreendeste. Cada vez que o consegues a chama que sinto cá dentro cresce mais tornando a monotonia do quotidiano em algo maravilhoso fazendo com que me sinta uma privilegiada em partilhar contigo o dia-a-dia.


quarta-feira, 9 de março de 2011

Ai que saudades de escrever aqui, hoje é de fugida só para que não pensem que me eclipsei.
Mais uma vez acabámos de nos mudar, espero que desta seja de vez. Assim que tiver net venho aqui contar tudinho rssss.

Beijinhos para tod@s cheios de saudades