Pela primeira vez, desde há algum tempo que não consigo, ou não quero conseguir, perceber o que sinto. Dou por mim a criar ruído à minha volta para não ter que pensar. Luto para não entrar dentro de mim, para não sentir a solidão da minha dor, para não ver a minha impotência, para não aceitar que o destino do meu bem estar e da minha felicidade está entregue a terceiros e que nada mais me resta do que esperar, entregar, sofrer calada e sufocar o uivo de angustia que teima em sair da minha garganta. Engulo as lágrimas, esboço sorrisos, mascaro palavras, fujo do tornado de pensamentos e de possíveis realidades futuras que assolam o meu pensamento e ferem o meu coração. Quero crer que tudo isto tem um sentido, que estou a ser posta à prova, que no final está à minha espera um pote de ouro, mas se assim é, porque não acredito nas palavras de esperança que oiço diariamente? Porque não me tranquilizam os abraços de quem luta a meu lado? Porque vivo em sobressalto e um simples SMS faz disparar o meu coração com medo do que lá estará escrito?
Onde anda o meu optimismo que sempre me permitiu olhar para os caminhos tortuosos e ver lá uma flor ou um aroma que me mostrava que em tudo se pode ver o belo, basta ter os olhos abertos e a alma desperta para o ver?
Tudo o que sou, ou que pensava ser, está a ser posto à prova, e tenho medo de não ter forças para ser tudo ao mesmo tempo, sinto o chão degradar-se debaixo dos meus pés, atiro cordas para todos os pontos de apoio que vejo, mas serão estes suficientes para me segurarem?
Sinto um medo solitário e pessimista, sinto-me ao contrário do que sou ou que achava que era...
Mas uma coisa eu sei, nenhuma dor será tão insuportável ao ponto de me fazer desistir...
Tudo o que sou, ou que pensava ser, está a ser posto à prova, e tenho medo de não ter forças para ser tudo ao mesmo tempo, sinto o chão degradar-se debaixo dos meus pés, atiro cordas para todos os pontos de apoio que vejo, mas serão estes suficientes para me segurarem?
Sinto um medo solitário e pessimista, sinto-me ao contrário do que sou ou que achava que era...
Mas uma coisa eu sei, nenhuma dor será tão insuportável ao ponto de me fazer desistir...