segunda-feira, 31 de agosto de 2009


É incrível a serenidade que sinto, a segurança, o não ter medo. A distância é grande, o tempo é pouco, mas a certeza é muita e alicerssada num eco que encontro no outro lado. Hoje a palavra FAMILIA faz todo o sentido para mim, e é algo que anseio poder viver na máxima plenitude, às vezes ainda me belisco para ver se não estou apenas a viver um sonho e se tudo isto é real. A estabilidade emocional que alcancei dá-me a paz necessária para ponderar outros caminhos e crescer noutras areas deixadas de lado nos ultimos tempos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Agulha no Palheiro


Como é boa a certeza de sentimentos que crescem a cada segundo, enchem-me o peito e dão -me a sensação de estarem predestinados. como agulha num palheiro, encontrei alguém que, não sendo gémea da minha alma, me completa a todos os níveis, me faz crescer, me faz transparecer o que de melhor tenho e sou. Hoje entendo que o que sempre busquei não foi uma alma gémea (igual) mas sim, alguém que, embora idêntica no essencial, sendo diferente me mostre outros caminhos, outros rumos, outras hipóteses.
Sinto o meu peito inundado de felicidade, sinto uma força capaz de vencer todos os obstáculos e vencer todas as barreiras, essa força vem da certeza de que deixei de ser EU para passar a ser NÓS. O desejo mutuo de caminharmos lado a lado, lutarmos pelo que acreditamos, o desejo de partilha, de entrega total, da descoberta, da compreensão, é inigualável e algo que nunca senti verdadeiramente até hoje.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A minha frésia

A rapidez dos últimos acontecimentos vem mais uma vez comprovar-me que as pessoas entram na minha vida no exacto momento em que estou preparada para as receber. Foi necessário chegar ao fim de um percurso que tinha iniciado à algum tempo para que aparecesse a "Tal" pessoa que procurava e eu estar preparada para a receber de braços abertos, coração livre e pensamento sereno. Hoje dou graças a Deus por ter iniciado esse caminho, e por não me ter perdido "por becos e ruelas de horror, caminhos sem saída" como tão bem refere a Xana dos Radio Macau. Hoje sinto que uma das sementes dos meus sonhos que lancei à terra, aquela que achava que dificilmente vingaria devido às suas exigências e complexidade, se transformou numa bela frésia que brota flores todos os dias enchendo a minha vida com um perfume inebriante e trazendo ao de cimo o que de melhor tenho e sou.

sábado, 15 de agosto de 2009

Tenho saudades Vossas...


Tenho saudades tuas, tenho saudades que me tires duvidas com toda a paciência do mundo, tenho saudades que me motives, que me mostres o meu valor quando o meto em causa, tenho saudades de brincar contigo depois de uma semana de ausência, saudades dos nossos passeios, da tua infinita sabedoria, tenho saudades que me corrijas, que me entendas, que não concordes comigo, tenho saudades de discutirmos interpretações de algo que lemos, tenho saudades de te ver, de te ouvir, de te cheirar, de te abraçar, de te beijar, do teu colo, do teu sorriso, do teu olhar...
E tenho saudades tuas, das tuas histórias, do teu carinho, da tua idosa juventude, da tua força, da tua coragem, do teu optimismo acreditado, de irmos para o quintal, de plantarmos, podarmos, arranjarmos ou simplesmente apreciarmos o resultado do teu amor e carinho colocado em cada semente, tenho saudades que me adivinhes, que me leias os olhos, que me serenes a alma, que me entendas, tenho saudades de contigo aprender o importante e simples, tenho saudades de sentir o amor que colocavas em tudo o que fazias, tenho saudades de crescer contigo, de cresceres comigo...

Sei que estou convosco diariamente, quando vos revejo nos ensinamentos que me passaram mas nem sempre basta, e hoje não basta...



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

À Laia de Balanço




Fiz uma paragem, permaneci quieta, permiti introduzir ruídos para não pensar, mas chego à conclusão que quero o que não posso ter e o que posso não quero. Já aceitei para mim mesma a situação. Do que quero limito-me a ficar com o possível pois não suportaria perder tudo, do que posso ter mas não quero recuso o que não me preenche, o meu ego afagado é muito pouco relativamente ao que quero para mim. Esta luta entre o querer e o poder fez-me cimentar a minha ideia de que mais vale não ter do que ter o que não quero. Fez-me também entender os desencontros, os tempos diferentes que cada um tem, o facto de cada um trazer uma carga emocional ás costas que condiciona no espaço e no tempo a maneira de ver e de sentir. Entendi ainda que as pessoas não procuram todas o mesmo, o que para umas pode ser o esplendor, para outras não passa de banal.

Em todo este percurso fui fazendo as pazes comigo, acho que cheguei à fusão das duas Anas, se por um lado derrubei as minhas verdades emocionais puramente alicerçadas na razão, permiti-me sentir apenas e aprendi que há várias formas de interesse e que nenhum é mais válido ou mais verdadeiro, por outro percebi que procuro o que sempre procurei, que o que já achava importante e fundamental continua a se-lo, apenas abri o leque e vi as várias maneiras de continuar a minha busca. Hoje detenho as ferramentas dos dois caminhos, aprendi a usar umas, outras já as tratava por tu há algum tempo, resta-me perceber se detenho a sabedoria para as aplicar consuante a situação, mas isso só a experiência me poderá dar resposta.

Nesta momento estou assim, parada emocionalmente à espera que a vida me surpreenda.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cadeira de três pernas



Li algures uma reflexão que a certa altura referia que a felicidade e o bem estar estava assente numa cadeira de 3 pernas. Uma perna era o Amor, outra o trabalho e outra os amigos (onde estava incluída a família) e que se uma das pernas não estiver bem, a pessoa sente-se triste e desequilibrada.

Quando a li concordei inteiramente pois encontrava-me num período em que estava sentada na dita cadeira e com cada uma das pernas bem fortalecida.
Hoje relembrei a reflexão e percebi que não necessito das 3 pernas para me sentir bem e feliz.
Hoje o meu coração não tem dona, logo a perna referente ao campo amoroso não existe, em relação a trabalho, estou a largar a minha realização profissional e a procurar algo que monetariamente me dê estabilidade, realizei o meu sonho, foi bom enquanto durou, mas chegou a hora de baixar as armas e procurar novo porto. Outra perna que não existe, realização no trabalho.
A única que continua firme e cada vez mais forte é sem duvida a da amizade, essa sim dá-me a estabilidade necessária para aguardar pelas outras sem sobressaltos. N@s amig@s encontro o apoio, o amparo, o ombro, o incentivo, a vontade de acordar todos os dias com um sorriso nos lábios, ao fim ao cabo, @s amig@s e o meu filho dão-me forças para não baixar os braços e continuar a lutar pelo que acredito e quero para mim.

quero com isto agradecer-vos mais uma vez, por me acompanharem nesta caminhada que é a minha vida, por não me deixarem cair no chão e manterem de pé a minha cadeira ajudando-me a ver felicidade nas pequenas coisas.
Um beijo muito grande e e com muito carinho para vocês que sabem quem são e que são donos de um lugar muito especial e único no meu coração.

domingo, 2 de agosto de 2009

Singela frésia



Hoje dei por mim a pensar nas tantas vezes que me afastei de tudo, que deixei para trás pessoas, objectos, certezas, sentimentos na busca de mim mesma.
Nessa busca, tantas vezes me senti incompreendida, solitária, triste. Outras tantas me senti feliz, alegre, contente, certa de que tinha encontrado o que procurava. Puro engano.
Continuei a minha busca, a sorrir, a chorar, a brincar, a analisar, a desesperar, a acreditar, a tropeçar, a levantar.
Uns dias conquistei o tantas vezes sonhado, outros acordei e vi que não passou de sonho. Entre lágrimas e sorrisos, fui plantando sementes dos meus sonhos, algumas morreram ali no momento em que chegaram à terra, outras germinaram mas não medraram, outros floriram e inundaram-me de beleza e perfume.
No vendaval de contradições, de luta, de busca, que é a minha vida, aprendi que tenho que plantar todos os sonhos, mesmo que maior parte deles nunca venham a florir, mesmo que uma grande parte me doa arrancar da terra quando percebo que apenas plantei uma erva daninha, ou uma semente que nunca iria vingar.
Só plantando todos poderei um dia encontrar o que procuro, encontrar aquela pequenina semente, de onde brotará uma pequena frésia, uma flor pequena sem grande realce que a destaque por entre as vaidosas rosas, imponentes coroas imperiais, ou orgulhosas orquídeas. Apenas uma frésia, que brota pequenas flores de várias cores e tonalidades e com um perfume que enche os espaços onde entra e fica, fresco, intenso, acolhedor, doradoiro, como que dizendo "bom dia alegria!"

sábado, 1 de agosto de 2009

Voz interior


Há momentos em que necessito de ficar em silencio para conseguir ouvir o sussurrar da minha voz interior. Se há alturas em que ela grita e sou obrigada a ouvi-la, outros há em que tenho que prestar muita atenção se não nem dou por ela. Grita quando eu não a quero ouvir e estou tentada a agir sem dar importância ao que aprendi lá atrás, quando fecho os olhos e me recuso a ver os sinais outrora identificados e estou prestes a cair nos mesmo erros.
Sussurra para me obrigar a ficar em silencio, pois só sem ruído consigo penetrar no meu EU, fazer uma lavagem à minha Alma em que a voz da razão e da emoção se confundem e discutem entre si.
Oiço o sussurro das duas e fico em silencio sem saber a qual dar atenção.
Fico assim, quieta ou agitada mas sempre em silencio. Nesses momentos em que me permito estar ausente, viajo dentro de mim, percorro cada canto, mesmo os mais escuros, os que por norma não quero ver. Permito-me reflectir sobre actos ou palavras que não disse querendo dizer, ou que disse e não o devia ter feito. Renasço interiormente encontrando a paz interior por algum motivo perdida.
Este é um silencio gratificante pois é uma viagem de auto-conhecimento, de reflexão, é um silencio desejado em que me (re)descubro e aprendo a crescer comigo mesma.

Neste momento estou em silencio...