sábado, 12 de junho de 2010

"Os sentimentos devem estar sempre em liberdade. Não se deve julgar o amor futuro pelo sofrimento passado." (Paulo Coelho)

Eu substituo a palavra "futuro" pela "presente"
Estou a esforçar-me para deixar para trás de uma vez por todas o que vivi e me fez mal, as atitudes de outra pessoa que me magoaram, que transporto comigo bem escondidas mas que me condicionam e não me deixam ver a vida com os meus olhos, nem manter os meus sentimentos livres.
Vivo escudada, alerta, um pequeno sinal, uma atitude que não compreendo desencadeia logo um processo de auto-defesa e de elaboração de filmes mentais. Dou um salto para o passado e imagino desfechos idênticos, transporto para a pessoa com quem estou hoje as atitudes de quem deixei para trás. Certa vez escrevi algo parecido com isto:

"O facto de me ter mostrado quem não era, de me ter apresentado quem sabia que eu procurava e não passar de uma farsa, fez com que perdesse por completo a confiança futura em quem quer que se cruze no meu caminho, inclusive se me cruzar com quem procuro pois, já a vi, já a tive, mas não passou de uma grande mentira..."

Foi algo de que me esqueci. O facto de ter encontrado finalmente uma pessoa real, genuína e autentica fez-me deixar estes medos lá atrás, no momento exacto em que me apercebi deles e os escrevi.
Hoje percebo que estes medos estão bem escondidos, lá bem no fundo da minha mente mas que me continuam a acompanhar. Condicionam a minha visão do hoje, distorcem a minha realidade e provocam-me reacções irracionais.
Não me deixam questionar com medo de obter as mesmas respostas, não me deixam analisar racionalmente as acções da outra parte, apagam da minha memória aquilo que deveria ver e dar valor e enaltecem pequenos episódios que descontextualizados me deixam em pânico.

Agora que finalmente detenho esta informação, agora que finalmente consigo ver o puzzle completo e não me centro apenas em peças soltas , verifico que os meus medos são totalmente infundados, sem a mínima razão de ser.
Tenho a meu lado uma mulher que me ama realmente pelo que sou, que se mostra sem mascaras nem subterfúgios, que não se condiciona para me agradar, com a qual não tenho que ter receio que o passado volte e me magoe e maltrate.
Finalmente reúno as condições para matar de vez esse passado e encarar o presente e o futuro com o meu optimismo característico.

2 comentários:

  1. Clap clap, é só o que me ocorre dizer.

    Beijinhos pra meninas ;) *_*

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  2. Obrigada por me teres tu também ajudado a chegar a esta conclusão.

    Beijinhos

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