
Nos inúmeros textos que leio diariamente por esta net fora, um titulo despertou-me particular interesse "Se fosse para ficar na sombra, eu teria ficado em casa"
Ao ler o artigo, este pequeno trecho encaixou-me como uma luva:
Durante anos chamei a este "Ficar na sombra" viver em piloto automático, e chego à conclusão que, durante toda a minha vida fiquei na sombra em relação a certos aspectos, embora em relação a muitos outros tenha tido a coragem de me expor ao sol do meio dia. Mas hoje preciso falar sobre aqueles em que fiquei na sombra, principalmente sobre um em que me mantive na mais completa escuridão.
Usei realmente de acessórios e adornos para camuflar algo com o qual não consigo lidar, algo que me assusta e que escondi bem fundo mas que agora sinto necessidade de trazer ao de cimo, sinto necessidade de compreender para ver se é importante para mim, ou realmente não passa apenas de um invólucro.
O facto de o aspecto físico ser importante numa relação.
Até hoje sempre achei que não seria minimamente importante, não passava da embalagem que guardava dentro o que realmente interessava, algo que é atribuído à nascença e sobre o qual não temos qualquer hipótese de escolha, algo que o dinheiro pode comprar, alterar, disfarçar ou enaltecer. Continuo a achar que o aspecto físico da outra pessoa não o é, mas e o meu, será que é?
"(...) Ficar na sombra é, na linguagem da psicologia, manter-se na inconsciência; é como aquela parte do iceberg que fica debaixo d’água, invisível aos navios, podendo provocar graves acidentes.
Ficar na sombra também quer dizer não se expor, não enfrentar determinada condição como ela é. E, no caso de lançar mão de um acessório para se proteger ou se esconder, é ainda uma estratégia para não ter de lidar com algo que pode estar incomodando, ainda mais se sua intensidade for grande. (...)
Fez com que eu pensasse quantas vezes a gente prefere ficar mergulhado na sombra a sair de casa e ir à luta, ou dar a cara à tapa como diz o ditado popular.
Quantas vezes preferimos uma falsa segurança - ainda que escura e nebulosa - ao risco, à possibilidade de tentar. E - pior! - quantas vezes saímos de casa e, ao sentirmos o calor do sol, ou seja, a chance de viver plena e intensamente uma oportunidade que a vida nos apresenta, corremos em busca de uma sombra, assustados, inseguros.
Preferimos nos omitir a expressar o que pensamos, o que sentimos, o que queremos. E assim, de sombra em sombra, tentando nos esquivar da condição real, vamos perdendo chances incríveis de realizar um sonho, de ocupar um cargo há tempos desejado, de experimentar um amor, de desbravar o desconhecido e, enfim, de nos transformar numa pessoa melhor... (...) - Rosana Braga
Durante anos chamei a este "Ficar na sombra" viver em piloto automático, e chego à conclusão que, durante toda a minha vida fiquei na sombra em relação a certos aspectos, embora em relação a muitos outros tenha tido a coragem de me expor ao sol do meio dia. Mas hoje preciso falar sobre aqueles em que fiquei na sombra, principalmente sobre um em que me mantive na mais completa escuridão.
Usei realmente de acessórios e adornos para camuflar algo com o qual não consigo lidar, algo que me assusta e que escondi bem fundo mas que agora sinto necessidade de trazer ao de cimo, sinto necessidade de compreender para ver se é importante para mim, ou realmente não passa apenas de um invólucro.
O facto de o aspecto físico ser importante numa relação.
Até hoje sempre achei que não seria minimamente importante, não passava da embalagem que guardava dentro o que realmente interessava, algo que é atribuído à nascença e sobre o qual não temos qualquer hipótese de escolha, algo que o dinheiro pode comprar, alterar, disfarçar ou enaltecer. Continuo a achar que o aspecto físico da outra pessoa não o é, mas e o meu, será que é?
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